29/04/2013

ENTREVISTA
MATANZA
PARA

14/08/2006

Minha intenção é divulgar a banda Matanza,
fornecendo informações para seus fãs,
respeitando o trabalho de quem realizou as
entrevistas, por isso divulgo o link original
com respectivo site onde se encontra a matéria.


segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Entrevista - Matanza *

Pé na Porta, Soco na Cara. Com o nome da faixa de maior sucesso do CD Música Para Beber e Brigar - de 2003 - poderia ser resumida uma entrevista com o Matanza, banda carioca formada por Jimmy London no vocal, André Tunida na guitarra, China no baixo e Fausto na bateria, e que além do já citado trabalho, colocou na praça os álbunsSanta Madre Cassino, de 2000 e o recente To Hell With Johnny Cash, que contou apenas com covers da lenda americana. Perto do lançamento do quarto rebento, ainda sem título, o quarteto promete uma coleção de músicas ainda mais porradas, dando seqüência ao estilo “countrycore” (criação da banda) e que seguirá a tradição das treze músicas por disco, além da produção de Rafael Ramos (o “quinto Matanza”) e a parceria com a gravadora Deckdisc.

Em bate-papo curto e grosso com o ZC, o vocalista Jimmy (também conhecido como o “Gigante Irlandês” do programa Rock Gol da MTV) tratou de esculachar “os imbecis” que pararam suas vidas para assistir à Copa do Mundo e disse ter vergonha de viver no Brasil. “(...) eu fico envergonhado de morar na merda de um país que um bando de imbecis para pra ver um careca jogar bola”, vociferou. No campo roqueiro, disse não saber quem faz rock de verdade no país e avisa que ninguém mais merecerá uma homenagem do grupo como aconteceu com Johnny Cash. Entre palavrões e xingamentos, como uma metralhadora giratória, o músico comentou a produção do CD que está para ser lançado e pediu para o público parar de ouvir as “merdas” que infestam as rádios tupiniquins. Perguntado o que são essas “merdas”, o rapaz soltou: “O que não são, né? Tudo é uma merda. Até Matanza é uma merda”. À melhor maneira Pé na Porta, Soco na Cara, abaixo a entrevista completa

Você comentou recentemente que poucos no Brasil fazem rock de verdade. Gostaria de saber quem faz rock de verdade no país e se nem as ditas rádios rock tocam rock verdadeiro?Vamos lá. Primeiro, as rádios rock que tinham já não tocavam porra nenhuma, agora essas rádios já não existem. Segundo, meu irmão, não tenho a menor idéia o que seja rock de verdade. Acho que ninguém toca essa merda direito. Terceiro; não sei nem o que é Brasil, então não tenho a menor idéia do que responder (risos).

Recentemente, você disse que não se sente nem carioca e nem brasileiro. Porque essa postura? Tem a ver com o som que a banda faz, influenciado pelo country americano, ou não?Não tem nada a ver com o som. Na verdade eu fico envergonhado de morar na merda de um país que um bando de imbecis para pra ver um careca jogar bola e manda tudo pro caralho, para com tudo, aí o careca perde e neguinho fica triste e chora. Chora! Não pode! É a merda de um careca jogando futebol. Isso me envergonha. No mais, a gente tem a bunda maneira. Pô, isso é lá coisa que se tenha?

É a copa da alienação (sobre comentário recente do músico em relação ao Mundial de Futebol)...É, meu irmão, só cagada, nada que preste.

Voltando a falar de música. Como está a produção do próximo álbum e quando sai? Seguirá a mesma linha do “countrycore” dos trabalhos anteriores?O CD está praticamente pronto. Já estamos começando a mixar, faltam poucas vozes para gravar e acabar de mixar as músicas e vai sair no fim de setembro. E não tem título ainda.

Pela Deck?
Pela Deck e produzido pelo Rafael (Ramos) como sempre. É o nosso time. O Rafael é o quinto Matanza. Serão treze músicas como de costume, só lançamos discos com treze músicas e meu irmão, o disco será mais violento. Matanza cada vez mais violento. Estamos ficando mais velhos, mais fudidos, mais bodes velhos...

Terá algum cover?Cover nenhum, só porrada extrema e inédita.

O Matanza vem de um disco de covers do Johnny Cash. Como foi a repercussão desse trabalho?
Foi do caralho. Esperava tomar muito mais porrada de quem gostasse dele, mas a galera ficou amarradona.

Você acha que ele gostaria do CD?
Porra brother; acho que ele ia rir pra caralho. Seria uma das poucas pessoas que realmente entenderiam o lance.

Quem mais mereceria uma homenagem assim do Matanza?
Não, ninguém mais merece...

Nem Willie Nelson?
Não... Willie Nelson é do caralho, mas não...

Quer deixar algum recado?
Quero que parem de ouvir essas merdas que tocam por aí...

O que são “essas merdas”?O que não são, né? Tudo é uma merda. Até Matanza é uma merda (risos). Sei lá o que é bom de ouvir... Tem que ouvir músicas civilizadas, não essa barulheira que a gente faz (risos).
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(*) Essa entrevista também está na Rock Press no link:
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Foto - Divulgação

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